sábado, 19 de maio de 2012

Mínimo




mínimo
(latim minimus, -a, -um)
adj.
1. Muito pequeno. = DIMINUTO, ÍNFIMO
2. Que é o mais pequeno.menor. = MENOR
s. m.
3. A menor quantidade.
4. O mais baixo preço.
5. [Automobilismo]  Cada um dos faróis, à frente e atrás, destinados a assinalar a presença e a largura do veículo automóvel.
adj. m. s. m.
6. Diz-se de ou o dedo mínimo.= AURICULAR, MINDINHO
adj. s. m.
7. Frade da Ordem de S. Francisco de Paula.
 

Entre finais de Março de 2008 e Junho 2010, decorreram dois anos de relativa acalmia. Por vezes o coração acelerava mas tinha-me habituado a viver com a situação; alguns momentos, sobretudo no verão com o calor, havia lugar ao cansaço, e as dificuldades acresciam, mas nada como naquela noite de Janeiro.

Tudo razoavlmente bem e  nada antevia degradação da situação. Entretanto era seguido por S. Marta, na consulta de arritmologia, duas vezes por ano, pela Drª MJ, que em função de alguns sintomas, que não agravamentoda insuficiência, que por agora estava estável, me enviou a uma consulta do Dr RS, especialista em S. Marta pela insuficiência cardíaca, e médico que acompanha os casos passáveis de no futuro virem a ser transplantados cardíacos. Em Outubro de 2008 fiz o primeiro exame com ele, e que consistia numa prova de esforço com controlo respiratório, o que permitia conhecer com rigor o desempenho funcional do orgão cardiaco, podendo assim ser previsto qual a tendência desse desempenho, no tempo, sendo que detectada uma degradação rápida, se poderia encaminhar o paciente para o transplante. No meu caso tal situação não se justificava em Outubro de 2008, e a partir daí passei a realizar esse exame também, de seis em seis meses. Para além disso ainda era acompanhado pela médica de família, Drª AM. Assim falta de apoio não era algo de que me pudesse queixar...

A acalmia permitia uma vida muito próxima da normaliddae, apenas tendo cuidado com alguns "excessos" de calor, de carga, evitando cansaços inúteis e desgaste de energia que me podia fazer falta no futuro. Claro que em muitos aspectos a vida ía-se fragilizando. Passei a dormir sesta, pelo menos no verão, a deitar-me cedo, máximo 21h30, 22h, e a procurar descamsar após qualquer actividade mais puxada. Levar uma vida regrada, evitando excessoss, os quais eu também não praticava anteriormente. Durante estes dois anos houve dias em que me esqueci da doença, muitos dias, a vida parecia na total normalidade e nada fazia crer que as coisas se poderiam vir  a alterar, como de facto veio a acontecer.

Tudo parecia correr bem. Era no entanto ilusão. Na realidade a debilidade mantinha-se, apenas eu não tinha sintomas da situação, aceitava os limites, aceitava as fronteiras que me eram impostas, reduzindo a vida assim a uma espécie de "serviços mínimos", nos quais me fui apagando e afundando sem me aperceber. Para mim já era normal.

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