segunda-feira, 10 de setembro de 2012

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1. Que vem depois.

2. O que se vai dizer, fazer ou ver.
3. O que vem após outro.

Após ultrapassada esta crise pontual pensei que me seriam dadas tréguas e que tudo entraria na rotina. No entanto os sinais não íam nesse sentido. As arritmías tornaram-se frequentes e cada vez mais sensíveis. O meu medidor de tensão apanhava esses aumentos das pulsações e o pânico tomava conta de mim. Entretanto tinha chegado o dia da consulta de arritmologia em S.Marta, a qual foi antecipada dado que estas  "crises" eram detectadas pelo meu "cusco", o aparelho de telemetria, e transmitidas a S.Marta.
Houve então lugar a uma correcção de parâmetros do meu CDI, de forma a ampliar o período de "espera" até ao disparo do CDI, de forma a prever situações em que esse disparo se poderia revelar extemporâneo. Assim agora  era dado mais tempo para que o  organismo, por si mesmo, e com a actuação do CDI, procurasse corrigir a actividade arritmica. Por outro lado o médico achou por bem referenciar-me para uma operação chamada de "ablação", na qual a zona do coração origem da "arritmia" é "queimada", num processo por tentativas. Seria uma intervenção muito longa, algumas horas, sendo introduzida uma sonda que vai testando várias zonas do ventriculo, procurado "provocar" a arritmia, até detectar essa zona  que é  queimada evitando posteriores arritmias com essa origem. Segundo o médico o meu risco actual era que, devido à insuficiência cardíaca que se agravava, corria-se o risco de o CDI ao actuar, o coração já não ter capacidade de responder ao estímulo, e a reanimação acabasse por não se dar. Assim a ablação ficou desde logo (inicio de Setembro 2010) agendada para Novembro. Entretanto continuava a ser acompanhado pela Drª MJ. Vários disparos do CDI ocorreram, havendo um dia  em que o CDI disparou três vezes, deixando-me meio "zonzo".
Para um melhor controloda situação, a Drª MJ achou bem que fosse de novo   internado no Hospital de Beja, onde entrei em inicio de Julho 2010. Procurava de novo o controlo por meio da medicação, no entanto tal revelava-se cada vez mais dificil. Já no Hospital outros disparos ocorreram, e o teste com alteração dos medicamentos poucos resultados apresentava de forma duradoura.
Estive três semanas internado, a Drª MJ foi de férias e regressou comigo ainda internado, tendo ficada o entregue ao seu marido Dr LD, também cardiologista no Hospital. Nada resultava, controlava-se os batimentos cardíacos, mas a tensão descontrolava-se, e era dificil de equilibrar os parâmetros que mutuamente se inflenciavam. Resultados poucos... O modelo esgotava-se, e outros sintomas, entre eles gástricos e havia dificuldade em os controlar.
Acabei por ter alta e regressei a casa. Estavamos em final de Julho 2010, as férias nas termas, em Agosto, foram anuladas e regressei muito debilitado e com sinais de que as coisas não iriam ficar assim e estava a situação a agravar-se. Em casa, onde só pontualmente usava oxigénio, passei a usar todos os dias, não adormecia  sem ele, não suportava o calor que me estrangulava, pelo que decidimos instalar ar condicionado em casa, mas que pouca eficácia teve, pois em breve passaria a nova etapa.

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